quinta-feira, 26 de maio de 2016

ASILO de S. JOSÉ, UMA INSTITUIÇÃO de REFERÊNCIA


“…dar a conhecer a história deste Asilo e da memória e impagável doação que a ele fazem os que lhe dedicam a sua vida-é uma forma de o tornar ainda mais apreciado e respeitado pela nobre acção sócio - caritativa que vem desenvolvendo há mais de século e meio. Além de que tal conhecimento histórico permitirá (disso estamos certos) perspectivar o Futuro com renovada Esperança – virtude muito necessária a este Presente tão sombrio por que passamos, nomeadamente se chamarmos à colação o aumento progressivo e exponencial de pobres em desamparo, de doentes sem conforto e de idosos abandonados (aumento esse que aponta para números assustadores num futuro próximo…)” - Extracto do prefácio assinado pelo Dr. Abílio Peixoto no livro “Do Convento das Teresinhas ao Asilo de S. José”, da autoria do prof. Carlos Jaca, a convite da actual Direcção, no 160º aniversário da fundação do Asilo de S. José, em 1850.

Neste singelo trabalho, para além da justa referência à citada publicação, cuja leitura vivamente aconselhamos, uma vez mais se pretende sublinhar a grande importância desta excelente Instituição social que, não obstante as frequentes vicissitudes e condicionalismos de ordem económico/financeira, persiste em condignamente honrar os nobres objectivos para que foi criada. Abster-nos-emos, pois, e como é óbvio, da sua abordagem histórica, aliás muito bem sintetizada por Carlos Jaca em notável trabalho de investigação, que justamente assinalamos, com breves e ocasionais referências, para uma melhor contextualização do presente texto.




CONTEXTUALIZAÇÃO


- Originário do Recolhimento de S. Domingos, com “passagem” pelo Recolhimento de Santa Teresa, ou Teresinha, em 1742, mais tarde elevado a Convento, em 1778, e com as necessárias obras de recuperação, o actual Asilo de S. José, de fachada austera, distribui-se por três corpos de edificado.

As suas raízes têm origem no Asilo de Entrevados e Inválidos de Braga, em meados do século XIX. Com efeito, foi por “alvará do governador civil de então, o Conde de Vila Pouca, criada a Comissão de Melhoramentos que funcionava, simultaneamente, como Comissão Instaladora”, cuja presidência desde logo foi assumida por Fernando de Oliveira Guimarães, ilustre Cavaleiro da Ordem de Cristo. De início, instalou-se numas casas particulares do fundador, na antiga Rua da Água (actual Avenida da Liberdade); mais tarde, para o já referido Convento das Teresinhas, na rua de S. Barnabé, e só em 1904 no actual edifício. Entretanto, e ao longo dos anos, foram prosseguindo as obras de restauro e ampliação, de modo a torná-lo mais confortável e funcional, como aconteceu nos princípios da década de 70 do século XX, sob os auspícios da direcção presidida pelo advogado Dr. Jaime Lemos.

- Anexa à estrutura do Asilo e naturalmente constituindo parte integrante do seu vasto complexo, podemos admirar a IGREJA das TERESINHAS que, tal como acontecia com as igrejas conventuais femininas, não apresenta fachada. A entrada é lateral, devido ao facto das monjas recolhidas no convento não terem acesso pelo exterior – apenas contactavam com o público no interior, já quando as portas se encontravam cerradas e, mesmo assim, através de grades. No seu interior destacam-se, entre outros: o Retábulo, (finais do século XIX), o Sacrário (século XX), o Púlpito e dois Altares laterais (1775/1780). O Órgão, instalado no Coro Alto, (dali se pode fazer uma “leitura” global da Igreja), data do século XIX. Interessante, igualmente, a original pintura numa tela fixa no tecto e onde aparece destacada a figura de Santa Teresinha. O estilo predominante é o período final do Rococó. No Coro Lateral, já bem próximo do Altar-Mor, podemos ver umas grades por onde as irmãs, ou outras intervenientes para o efeito autorizadas, apresentavam ao celebrante tudo o que fosse necessário para as actividades do culto sagrado. Na Sacristia, para além de um belíssimo arcaz, deparamos, ainda, com uma artística fonte da segunda metade do século XVIII.








Imagens do altar, panorâmica geral, coro alto e tecto da Igreja das Teresinhas.





ESPAÇOS INTERIORES

Foi na muito simpática e prestável companhia do Sr. Albino Gago, membro da actual Direcção do Asilo de S. José, que tivemos a grata oportunidade de visitar, demorada e pormenorizadamente, as actuais instalações da Instituição. À entrada, do lado esquerdo, deparamos com um interessante espaço museológico, onde podemos admirar artefactos de vários tipos e épocas, tais como: antigos retratos/pinturas de personalidades ligadas ao Asilo, nomeadamente dirigentes, colaboradores e benfeitores – espalhados, aliás, por outras áreas do edifício - alguns livros de actas, o primeiro dos quais datado de 1861 e outro espólio variado que, embora não contabilizando “peças de 1ª”, não deixa de fazer parte, obviamente, da memória colectiva da Instituição.


Um aspecto do Espaço museológico.


Ainda à entrada e defronte, surge-nos o busto do fundador, Comendador Fernando de Oliveira Guimarães para, logo acima das escadas, que dão acesso a um amplo espaço ajardinado, pontificarem o busto do advogado bracarense Jaime Lemos, ilustre membro de anteriores direcções e grande impulsionador/benemérito da Instituição, bem como a figura da irmã Maria Clara do Menino Jesus, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.



Bustos do fundador, Comendador Fernandode Oliveira Guimarães e do Dr.Jaime Lemos, ilustres figuras da história do Asilo de S.José.





- Seguem-se os pisos das duas alas de aposentos/camaratas das senhoras – lado esquerdo; dos homens – lado direito. Para além de funcionais, continuam a ser objecto de frequentes recuperações, quer no seu interior, quer nos corredores de acesso, com as janelas bem arejadas e os estores automatizados. 



Quadro com pormenor de uma das primitivas camaratas e aspecto de uma camarata actual.



Em cada piso, há sempre uma copa de assistência, com especial relevância para a copa dos acamados, mais completa e de características algo diferentes, incluindo vias de acesso para cadeiras de rodas.

- Existem, ainda, no 2º piso, salas de fisioterapia e gabinete de apoio a cuidados médicos e de enfermagem equipados com os recursos necessários para dar resposta às necessidades dos utentes, bem como uma sala de estar para os menos capazes (excepto acamados), com dois aparelhos de TV, em ângulos opostos, para um melhor conforto e descanso dos utentes.




Gabinete médico e de enfermagem.



- Mais abaixo, agora já no 1º piso, encontramos um grande salão de festas, separado por uma pequena sala de estar, de um outro espaço menos amplo para palestras e conferências. Os vários corredores são espaçosos, com boa luz e propícios ao lazer.

- A cozinha, devidamente apetrechada, o refeitório e a lavandaria são outras dependências da maior relevância tendo em conta, sobretudo, o exigente serviço diário prestado a quase centena e meia de residentes.



Pormenores da Cozinha e do Refeitório



- A energia e o aquecimento do Asilo resultam, em grande parte, dos painéis solares e fotovoltaicos instalados na estrutura superior do edifício.



LOGRADOURO / ESPAÇO EXTERIOR 

O exterior do Asilo de São José contempla uma grande área de logradouro, com vastos espaços de jardinagem, área de cultivo e até de repouso para os utentes que deles mais e melhor possam usufruir; tudo, aliás, muito bem enquadrado na morfologia do terreno, “sempre a subir” e, por isso mesmo, verdadeiramente propiciadora de magnífica vista panorâmica!







ACTIVIDADES

- São inúmeras as actividades religiosas e lúdico/culturais levadas a cabo naquela prestimosa Instituição como acontece, por exemplo, com o projecto “Leituras com vida dão alma às freguesias”/biblioterapia para idosos.

A leitura como terapia, designada por Biblioterapia, representa uma interação entre leitor, texto e ouvinte. Além de trazer qualidade de vida para muitos idosos, a Biblioterapia é relevante em inúmeras situações, como, por exemplo, ao tratar de temas ligados à inclusão social ou socioeconómicos, aliviar as tensões diárias, diminuir o stress, auxiliar na compreensão de sentimentos de frustação, medos, morte de pessoas queridas, separações e situações de abandono afetivo e material.

Assim sendo, a biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em parceria com o Pelouro da Cultura do Município de Braga e Juntas de Freguesia aderentes, lançou e iniciou em abril de 2012 o projeto de Biblioterapia para idosos intitulado "Leituras com vida: dão alma às juntas de freguesia de Braga”. Este projeto foi orientado preferencialmente para a população sénior da Junta de Freguesia não institucionalizada que, por motivos vários, se encontram mais socialmente excluídos e distanciados de iniciativas ligadas à promoção da leitura, da escrita, articuladas com atividades plásticas. 

Realiza-se uma vez por mês com sessões de atividades de animação lúdica, baseadas nas leituras de livros, jornais, revistas, filmes, música e jogos, deste modo criando incentivos para se reconhecerem mais vivos e despertos para a vida, sentindo-se mais úteis, ensinando-os a socializar, recrear, formar, informar, educar a atenção, enriquecer a linguagem, estimular a imaginação e a inteligência, despertar e apaziguar emoções e sentimentos, desenvolver o sentimento de compreensão e a simpatia humana, bem como despertar neles uma visão estética e artístico-literário.

O Asilo de S. José, pela Junta de freguesia de S. Vicente foi o local escolhido para que estas sessões se realizassem uma vez por mês para os seus residentes seniores”.



Celeste Magro e Conceição Marques, as duas técnicas da biblioteca que o dinamizam, referem a propósito:

“É com enorme prazer que podemos dizer que mensalmente e já há quatro anos, trazemos ao Azilo de S. José leituras, histórias e sorrisos, despertamos memórias e emoções… fazemo-lo de coração e com o coração para que se passem bons momentos de prazer e convívio sempre aliados à tradição oral.

Agradecemos todo o carinho com que sempre somos recebidas no Azilo de S. José, quer por todo o seu pessoal, quer pelos “nossos jovens” que têm sempre um sorriso e uma bela palavra para nós.

Agradecemos também à Junta de Freguesia de S. Vicente na pessoa do Dr. Domingos Alves, todo o carinho que demonstra por estes residentes e que tão bem nos acolhe.

Esta é uma história que ainda não tem fim… Motivação e dedicação caminham a nosso lado. Sem elas, qualquer trabalho é apenas temporário, porque não há o que as faça durar… o bom trabalho é aquele que, em alguma medida, nos realiza, nos dá satisfação e nos faz sentir utéis para a sociedade em que vivemos; enfim, um trabalho cujo sentido conseguimos perceber. Continuaremos até quando nos quiserem… com muita alegria, muitas histórias e muita animação. Esta é a nossa promessa… Muito obrigada e bem hajam.




Uma das sessões de biblioterapia.



- Igualmente nos merecem especial menção as frequentes “tardes recreativas”, iniciativa do Pelouro da Cultura da Junta de Freguesia, com a simpática e graciosa colaboração de grupos de música regional, aliás sempre muito bem acolhidos, não só para distracção, como também para um saudável convívio e alegria para todos!


Tarde recreativa com o Grupo de música regional UMATI / Grupo de Cavaquinhos da Universidade Minhota Autodidacta e da Terceira Idade.



- Numa outra perspectiva, agora já de índole mais cultural, uma justa menção para o excelente trabalho da mestranda Rolanda Gomes que, sob a orientação da Universidade do Minho (com quem, aliás, a Junta de Freguesia de S. Vicente regularmente colabora em diversos projectos, no âmbito da Licenciatura e Mestrado em Educação) ali vem exercendo profícua acção, conforme se depreende do texto assinado pela própria e que de seguida se transcreve:

No âmbito do Mestrado em Educação, área de especialização em Mediação Educacional e Supervisão na Formação, foi estabelecido um Protocolo entre o Instituto de Educação da Universidade do Minho e a Junta de Freguesia de São Vicente, Instituição que acolhe a Mestranda Rolanda Gomes para realização do Estágio Profissional do referido Mestrado.

O projeto intitula-se "Mediar para Integrar" e tem como público-alvo Idosos e Cuidadores da freguesia de S. Vicente. Uma das iniciativas deste Projeto prende-se com a criação e dinamização do Gabinete de Mediação do Idoso e do Cuidador, sito na Junta de Freguesia de São Vicente. Neste âmbito foi criada uma parceria com o Asilo de S. José (resultante do protocolo com a Junta de Freguesia de S. Vicente) para a criação e dinamização de sessões de capacitação dirigidas aos colaboradores da instituição intituladas MediAção – Mediação em Ação, que pretendem capacitar os profissionais no âmbito de competências de comunicação e relacionamento interpessoais. Estas sessões de capacitação (10 no total) desenvolvem-se entre Janeiro e Junho de 2016 e englobam temas como a empatia, assertividade, trabalho em equipa, resolução de problemas, entre outros.





TESTEMUNHOS



Mário da Silva Queirós, utente do Asilo de São José.

Nos seus provectos 94 anos de idade, o Sr. Mário Queirós é um dos utentes mais idosos do Asilo de S. José. Não se julgue, porém que estamos perante um homem acabrunhado ou desiludido da vida, antes pelo contrário, a sua excelente postura e impressionante lucidez de espírito, fazem deste homem um verdadeiro exemplo de fair play e autêntico amor à vida! Encontrámo-nos no café; durante largos minutos, e em amena cavaqueira, lá fomos “pondo a a nossa conversa em dia…”

Órfão de pai e mãe, desde muito cedo experimentou as agruras da vida. Aos sete anos já estava na Oficina de S. José, onde permaneceu durante mais quatro, até que foi requisitado para a loja de um tio, a chamada “Casa das Crianças”, aqui em Braga. Entretanto e já mais crescidote, ei-lo em Lisboa, para onde foi trabalhar numa casa de artigos para homem, senhora e criança, aí permanecendo cerca de trinta anos. De novo em Braga, agora já como sócio do tio, na mesma loja de antigamente, pouco tempo esteve no activo…. Sem ninguém a incomodá-lo, procurou, então, abrigo no Asilo de S. José, uma casa excepcional, onde todas as pessoas são maravilhosas: desde os funcionários até às Irmãs e Direcção, são tudo do melhor que há, sublinha com indesmentível satisfação. Autodidacta por natureza, Mário Queirós, já conhece meio mundo, por essa Europa fora…, graças a umas economiazitas granjeadas enquanto pôde… Aqui fica, para memória futura, o breve testemunho de um utente do Asilo de São José que sente muito orgulho em ter alguma cultura, gostar de música clássica e apreciar ópera como poucos…” Eternamente agradecido ao Asilo, um verdadeiro exemplo de solidariedade social!


À conversa com o Sr. Mário da Silva Queirós.



Irmã Luísa Silva, Directora Técnica do Asilo de S. José:

“O Asilo de São José é uma Instituição de Solidariedade Social, a qual se dedica apenas ao cuidar e cuidar bem dos idosos que aqui procuram um aconchego e um amparo para minimizar as suas limitações e solidão. A nossa forma de estar no hoje da História é dar a cada utente desta Instituição o valor que cada um tem por si só; relevar as suas qualidades e procurar em conjunto razões válidas para o seu viver; demonstrar que a vida de cada um é a “pérola” mais valiosa que alguém possui. Desde 1850 que o Asilo de São José procura responder às necessidades de cada tempo. Nos dias de hoje acolhemos 106 utentes – é a capacidade máxima desta Instituição, a qual está sempre completa. Aliás, o nosso desejo era podermos responder a um número muito maior, olhando às necessidades que vêm até nós, tão prementes e desejosas de quem as ajude na resolução dos seus problemas. Temos como preocupação máxima criar um ambiente o mais familiar possível e ir de encontro aos anseios de cada um dos nossos utentes. A promoção do bem-estar, quer nas estruturas, quer a nível pessoal, é uma preocupação constante de quem tem esta responsabilidade do cuidar”.



Albertina Lopes, Animadora Social.

Como animadora social no Asilo de S. José registo, com o maior agrado, todas as iniciativas promovidas pela junta de Freguesia de S. Vicente, representada pelo Dr. Domingos Alves, sempre muito solícito e atencioso para com os residentes. As atividades musicais, com a presença de variados grupos de música regional, são muito apreciadas pelos utentes; alguns “atrevem-se”, mesmo, a um pezinho de dança, para gáudio de outros tantos… São tardes, de facto, muito alegres e animadas!

As sessões de biblioterapia constituem, igualmente, momentos de grande convívio e participação colectiva, com algumas histórias a reviverem a memória dos presentes, que gostam de participar e intervir, assim acrescentando algo ao que as técnicas vão dizendo…

É, pois, com grande satisfação, que aprecio o empenho da Junta de Freguesia em manter este tipo de iniciativas na nossa Instituição, para além das diversas actividades de animação já existentes, tais como: jogos de memória, expressão plástica, trabalhos manuais, aulas de ginástica e música e contacto com as novas tecnologias-neste caso quando as circunstâncias o permitirem, ou seja, quando houver possibilidade de adquirir alguns computadores portáteis, bem mais fáceis de manusear, como facilmente se compreenderá, por aqueles a quem prioritariamente se destinam: alguns dos nossos utentes mais capacitados.







- Instituição verdadeiramente exemplar- a segunda mais antiga da cidade de Braga, logo a seguir à Santa Casa da Misericórdia -no domínio da assistência aos mais carenciados e desprotegidos, o Asilo de S. José acolhe nas suas instalações 106 utentes, dos quais, nesta data, três senhoras com mais de 100 anos (Maria Luísa Ferreira, Virgínia Vieira e Ermelinda Cândida) e três outras, com mais de 50 anos “de casa” (Rosa Vilaça, Maria José Freitas e Balbina Vieira). Para garantir o seu bom funcionamento conta com cerca de sessenta e cinco funcionários e colaboradores, incluindo um director clínico, um médico cardiologista (voluntário), um psiquiatra, uma psicóloga, um dermatologista, uma pedóloga, um fisioterapeuta, duas animadoras sociais, musicoterapia, ginástica, cabeleireiro, e serviço religioso diário. Para além das enfermeiras religiosas, igualmente ali prestam serviço cinco enfermeiras civis.





Finalizo, com Carlos Jaca, in ob. cit. “Do Convento das Teresinhas ao Asilo de S. José” : “O Asilo de S. José, instituição de solidariedade social, que vem atingindo há já alguns anos uma notoriedade impossível de passar despercebida, ultrapassando em larga medida as suas próprias fronteiras, parece-me ser uma Obra que não terá sido ainda devidamente reconhecida”.



                 Braga, Abril de 2016.

                 Domingos Alves, vogal para a Educação e Cultura da Junta de Freguesia de S. Vicente.





Agradecimentos:


À Direcção do Asilo de S. José, pelas facilidades concedidas;

Ao amigo e especialista em História da Arte, Doutor Eduardo Pires de Oliveira, pela prestimosa colaboração.



             Nota – Por decisão pessoal, o autor do texto não segue as regras do chamado “Novo Acordo Ortográfico”.